Alianças
Outro dia em alguma loja de departamentos ouço aquela música da Beyonce, “Single ladies”, onde diz: “if you liked it then you should have put a ring on it” (Se você gostava então devia ter colocado uma aliança). Aquela frase ficou na minha cabeça por um tempo e foi ai que me toquei. Plim! Não. Aliança? Porque ‘teria que’ por aliança? Aliança de noivado, compromisso, enfim... Aliança.
Lembrei-me que na minha época, lá pelas bandas dos anos 90, tinha muita menina neurótica para colocá-las. Andar com aquilo entre os dedos era como se fosse o maior status existente. Poderia até dizer que era moda entre as garotas da época. Mas o real significado de ter uma aliança mal era conhecido. Só servia para jogar na cara quando aparecesse a primeira briga.
Já usei aliança de compromisso sim. De noivado até. Mas, quer saber mesmo, no fundo era mais pra poder mostrar pras amigas do que pelo real sentimento pelo moço. (Quem nunca?). Ia tudo bem até aparecer aquele acessoriozinho prateado pra desconcertar a relação. E era batata! Colocava aliança, a relação desandava. Foi assim comigo, foi assim com a vizinha, com a amiga da prima, minhas próprias amigas. Enfim, a tal aliança de compromisso não foi suficiente para selar uma relação amorosa para sempre.
E quem precisa de aliança pra ver isso dar certo? Ninguém. Uma relação só vai pra frente se houver respeito mútuo, comprometimento, admiração um pelo outro e todas aquelas coisa que a gente já conhece. É isso que deveria ligar as pessoas, mantê-las fiéis e sonhando com um futuro juntos. Não dá para obrigar uma relação a dar certo e atazanar o parceiro para colocar aliança. Nada, nem acessória prata (ou dourado), nem papel assinado, nem filho dá jeito numa relação que não nasceu para durar.
O segredo, porventura, é amar sem grilhões. É como diz a cantora britânica Dido: “No love without freedom. No freedom without love.”.